sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Evolucionismo-Evidências Ciêntificas

Evolução (também conhecida como evolução biológica, genética ou orgânica), no ramo da biologia, é a mudança das características hereditárias de uma população de uma geração para outra. Este processo faz com que as populações de organismos mudem e se diversifiquem ao longo do tempo. Do ponto de vista genético, evolução pode ser definida como qualquer alteração no número de genes ou na frequência dos alelos de um ou um conjunto de genes, em uma população, ao longo das gerações. Mutações em genes podem produzir características novas ou alterar características que já existiam, resultando no aparecimento de diferenças hereditárias entre organismos. Estas novas características também podem surgir da transferência de genes entre populações, como resultado de migração, ou entre espécies, resultante de transferência horizontal de genes. A evolução ocorre quando estas diferenças hereditárias tornam-se mais comuns ou raras numa população, quer de maneira não-aleatória através de selecção natural ou aleatoriamente através de deriva genética. A selecção natural é um processo pelo qual características hereditárias que contribuem para a sobrevivência e reprodução se tornam mais comuns numa população, enquanto que características prejudiciais tornam-se mais raras. Isto ocorre porque indivíduos com características vantajosas tem mais sucesso na reprodução, de modo que mais indivíduos na próxima geração herdam estas características. [1] [2] Ao longo de muitas gerações, adaptações ocorrem através de uma combinação de mudanças sucessivas, pequenas e aleatórias nas características, mas significativas em conjunto, em virtude da seleção natural dos variantes mais adequados - adaptados - ao seu ambiente. [3] Em contraste, a deriva genética produz mudanças aleatórias na frequência das características numa população. A deriva genética reflete o papel que o acaso desempenha na probabilidade de um determinado indivíduo sobreviver e reproduzir-se. Espécie pode ser definida como o agrupamento dos espécimes capazes de compartilhar material genético - usualmente por via sexuada - a fim de reproduzirem-se gerando descendência fértil. No entanto, quando uma espécie é separada em várias populações que por algum motivo não mais se possam cruzar, mecanismos como mutações, deriva genética e a selecção de características novas provocam a acumulação de diferenças ao longo de gerações, diferenças que, acumuladas, podem implicar desde curiosidades biológicas como os denominados aneis de espécies até a emergência de espécies novas e distintas. [4] As semelhanças entre organismos sugere que todas as espécies conhecidas descenderam de um ancestral comum (ou pool genético ancestral) através deste processo de divergência gradual. [1] Estudos do registro fóssil permitem reconstruir de forma satisfatoriamente precisa o processo de evolução da vida na Terra, desde os primeiros registros de sua presença no planeta - que datam de 3,4 mil milhões de anos atrás - até hoje [5] . Tais fósseis, juntamente com o reconhecimento da fabulosa diversidade de seres vivos atrelada - a grande maioria hoje extinta -já em meados do século dezenove mostravam aos cientistas que as espécies encontram-se cronologicamente relacionadas, e que essas mudam ao longo do tempo. [6] [7] Contudo, os mecanismos que levaram a estas mudanças permaneceram pouco claros até o reconhecimeno científico de que o próprio planeta tem uma história geológica muito rica -implicando mudanças ambientais constantes - e até a publicação do livro de Charles Darwin - A Origem das Espécies -detalhando a teoria de evolução por selecção natural. [8] O trabalho de Darwin levou rapidamente à aceitação da evolução pela comunidade científica. [9] [10] [11] [12] Na década de 1930, a selecção natural darwiniana foi combinada com a hereditariedade mendeliana [13] em uma síntese moderna, onde foi feita a ligação entre as unidades de evolução - os genes - e o mecanismo central de evolução - fundado na deriva genética e selecção natural. Tal teoria, denominada Síntese Evolutiva Moderna e detentora de um grande poder preditivo e explanatório, por oferecer uma unificadora e inigualável explicação natural para toda a diversidade da vida na Terra, tornou-se o pilar central da biologia moderna

Criacionismo(Crença Religiosa)


O criacionismo é a crença religiosa [1] de que a humanidade, a vida, a Terra e o universo são a criação de um agente sobrenatural. No entanto, o termo é mais comumente usado para se referir à rejeição, por motivação religiosa, de certos processos biológicos, particularmente a evolução. [2] Desde o desenvolvimento da ciência evolutiva a partir do século XVIII, vários pontos de vista criados tiveram como objetivo conciliar a ciência com a narrativa de criação do Gênesis. [3] Nessa época, aqueles que mantinham a opinião de que as espécies tinham sido criadas separadamente eram geralmente chamados de "defensores da criação", mas foram ocasionalmente chamados "criacionistas" em correspondências privadas entre Charles Darwin e seus amigos. À medida que a controvérsia da criação versus evolução se desenvolveu, o termo "anti-evolucionistas" tornou-se mais comum, então, em 1929, nos Estados Unidos, o "criacionismo" tornou-se o primeiro termo especificamente associado com a oposição fundamentalista cristã para a evolução humana e a crença em uma Terra jovem, embora seu uso tenha sido contestado por outros grupos que acreditavam em vários outros conceitos de criação. [4] Desde os anos 1920 o criacionismo, na América, foi estabelecido em nítido contraste com as teorias científicas, como a da evolução, [5] [6] que decorrem a partir de observações naturalistas do Universo e da vida. Criacionistas estritos [7] acreditam que a evolução não pode explicar adequadamente a história, a diversidade e a complexidade da vida na Terra. [8] Criacionistas rigorosos das religiões judaica e cristã geralmente baseiam a sua crença em uma leitura literal do mito da criação do Gênesis. [7] [9] Outras religiões têm diferentes mitos da criação, [10] [11] [12] enquanto que os diferentes membros de religiões individuais variam em sua aceitação das descobertas científicas. Em contraste com os criacionistas estritos, os criacionistas evolucionários sustentam que, embora as contas de evolução para a natureza da evolução da biosfera, por si só é cosmologicamente atribuível a uma divindade criadora. [13] Quando a corrente principal da pesquisa científica produz conclusões teóricas que contradizem a interpretação criacionista estrita da escritura, os criacionistas muitas vezes rejeitam as conclusões da pesquisa [14] ou as suas teorias científicas [15] ou sua metodologia. [16] A rejeição do conhecimento científico tem suscitado controvérsias políticas e teológicas. [2] Dois ramos derivados do criacionismo—"ciência da criação" e "design inteligente"—têm sido caracterizados como pseudociência pela comunidade científica dominante. [17] A mais notável preocupação contesta a evolução dos organismos vivos, a ideia da origem comum, a história geológica da Terra, a formação do sistema solar e a origem do universo.


A Teoria do Big Bang!

O Big Bang, ou a Grande Explosão [1] , é a teoria cosmológica dominante do desenvolvimento inicial do universo [2] (Ver também: Big Bang Frio). Os cosmólogos usam o termo "Big Bang" para se referir à ideia de que o universo estava originalmente muito quente e denso em algum tempo finito no passado e, desde então tem se resfriado pela expansão ao estado diluído atual e continua em expansão atualmente. A teoria é sustentada por explicações mais completas e precisas a partir de evidências científicas disponíveis e da observação. [3] [4] De acordo com as melhores medições disponíveis em 2010, as condições iniciais ocorreram por volta de 13,3 a 13,9 bilhões de anos atrás. [5] [6] Georges Lemaître propôs o que ficou conhecido como a teoria Big Bang da origem do Universo, embora ele tenha chamado como "hipótese do átomo primordial". O quadro para o modelo se baseia na teoria da relatividade de Albert Einstein e hipóteses simplificadoras (como homogeneidade e isotropia do espaço). As equações principais foram formuladas por Alexander Friedmann. Depois Edwin Hubble descobriu em 1929 que as distâncias de galáxias distantes eram geralmente proporcionais aos seus desvios para o vermelho, como sugerido por Lemaître em 1927. Esta observação foi feita para indicar que todas as galáxias muito distantes e aglomerado de galáxias têm uma velocidade aparente diretamente para fora do nosso ponto de vista: quanto mais distante, maior a velocidade aparente. [7] Se a distância entre os aglomerados de galáxias está aumentando hoje, todos deveriam estar mais próximos no passado. Esta idéia tem sido considerada em detalhe volta no tempo para as densidades e temperaturas extremas, [8] [9] [10] e grandes aceleradores de partículas têm sido construídos para experimentar e testar tais condições, resultando em significativa confirmação da teoria, mas estes aceleradores têm capacidades limitadas para investigar em tais regimes de alta energia. Sem nenhuma evidência associada com a maior brevidade instantânea da expansão, a teoria do Big Bang não pode e não fornece qualquer explicação para essa condição inicial, mas sim, que ela descreve e explica a evolução geral do Universo desde aquele instante. As abundâncias observadas de elementos leves em todo o cosmos se aproximam das previsões calculadas para a formação destes elementos de processos nucleares na expansão rápida e arrefecimento dos minutos iniciais do Universo, como lógica e quantitativamente detalhado de acordo com a nucleossíntese do Big Bang. Fred Hoyle é creditado como o criador do termo Big Bang durante uma transmissão de rádio de 1949. Popularmente é relatado que Hoyle, que favoreceu um modelo cosmológico alternativo chamado "teoria do estado estacionário", tinha por objetivo criar um termo pejorativo, mas Hoyle explicitamente negou isso e disse que era apenas um termo impressionante para destacar a diferença entre os dois modelos. [11] [12] [13] Hoyle mais tarde ajudou consideravelmente no esforço de compreender a nucleossíntese estelar, a via nuclear para a construção de alguns elementos mais pesados até os mais leves. Após a descoberta da radiação cósmica de fundo em micro-ondas em 1964, e especialmente quando seu espectro (ou seja, a quantidade de radiação medida em cada comprimento de onda) traçou uma curva de corpo negro, muitos cientistas ficaram razoavelmente convencidos pelas evidências de que alguns dos cenários propostos pela teoria do Big Bang devem ter ocorrido. A importância da descoberta da radiação cósmica de fundo é que ela representa um "fóssil" de uma época em que o universo era muito novo, sendo a maior evidência da existência do Big Bang. Ela é proveniente da separação da interação entre a radiação e matéria (época chamada de recombinação).

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Especial: Fenômenos da Natureza.

É chamado de desastrado aquele que derruba coisas, tropeça na pedra, cai no chão. Mas a natureza também é "desastrada" às vezes. Ela provoca os desastres naturais, que podem ter resultados bem mais sérios do que um tropeção. Foi o que aconteceu na Ásia no período de dez dias. Dois desastres naturais que ocorreram em mais deixaram mais de 100 mil pessoas mortas naquele continente. No dia 2, um ciclone atingiu Mianmar, umas das nações mais pobres do mundo. Na última segunda-feira, um terremoto balançou a China, o país com a maior população do planeta. Há vários fenômenos naturais: a chuva é um, e todos precisam dela para viver. Mas há outros mais graves, como um vulcão em erupção ou a queda de um meteoro. Quando esses fenômenos causam prejuízos, como no caso de uma enchente, eles são chamado de desastres naturais. Na Ásia, os dois desastres foram bem diferentes. Em Mianmar, o ciclone Nargis se formou em cima do mar. Com ventos de até 190 km/h, ele levantou uma onda de 3,5 metros e invadiu o continente. Com isso, muita gente não conseguiu fugir e acabou morrendo. Na China, o movimento das placas tectônicas fez a terra mexer. Prédios e escolas desabaram, e até os pandas foram afetados. A Província de Sichuan, onde ocorreu o terremoto, é conhecida por suas belezas naturais: nove parques ecológicos fazem parte do santuário de pandas gigantes, sendo considerado patrimônio mundial da humanidade. Lá, vivem 30% dos ursos do mundo. _ SAIBA MAIS SOBRE OS DESASTRES NATURAIS CICLONE TROPICAL (furacão ou tufão) É uma tempestade que começa em oceanos de água quente, com ventos rápidos e muita chuva. Rouba energia da água e se mantém forte enquanto estiver sobre ela. Causa uma onda de até seis metros. CICLONE São ventos fortes que atingem o mundo todo, menos os arredores da linha do Equador, associados à chuva ou à neve. Normalmente são formados em cima de um oceano. ERUPÇÃO VULCÂNICA Há 1.500 vulcões ativos no mundo. A erupção pode ser efusiva (magma com poucos gás e viscosidade) ou explosiva (quando vemos magma como se pegasse fogo). TERREMOTO Qualquer tremor causado pela passagem de ondas sísmicas, produzidas pela energia que a Terra guarda e libera de repente. Ocorrem em especial no oceano Pacífico. TORNADO É uma coluna de vento de pequeno diâmetro, formada durante tempestades. Há registros de ocorrência no mundo todo, menos na Antártida. TSUNAMI Normalmente causada por um terremoto submarino, é uma onda gigante com até 200 km de extensão. Atinge até 800 km/h, mas perde velocidade ao chegar perto da terra. O mais famoso ocorreu em 2004, no sudeste asiático.



terça-feira, 28 de outubro de 2014

Terra: O planeta em que habitamos.

A Terra é o terceiro planeta a contar do Sol e o quinto maior. É o único planeta cujo nome não deriva da mitologia Grega/Romana. O seu nome tem origem Inglesa e Germânica. Existem, claro, centenas de outros nomes em outras línguas. Na mitologia Romana, a deusa da Terra era Tellus - o solo fértil (Grécia: Gaia, terra mater - Mãe Terra). Foi só na altura de Copérnico (século XVI) que se compreendeu que a Terra é apenas mais um planeta. A Terra, claro, pode ser estudada sem a ajuda de satélites. No entanto, foi só no século XX que tivemos mapas do planeta inteiro. Foram tiradas fotografias do espaço, com uma importância considerável; por exemplo, são uma enorme ajuda para a meteorologia e especialmente a seguir e prever furacões. E são também extremamente bonitas. A Terra está dividida em várias camadas que têm propriedades químicas e sísmicas muito diferentes (espessuras em km):
Litosfera: 0 - 60 Crosta: 0 - 35 Manto superior: 35-660 Manto inferior: 660-2890 Núcleo exterior: 2890-5150 Núcleo interior: 5150-6378 A crosta varia consideravelmente em espessura, é mais fina debaixo dos oceanos, mais espessa por baixo dos continentes. O núcleo interior e a crosta são sólidos; o núcleo exterior e o manto são plásticas ou semi-fluídas. As várias camadas estão separadas por descontinuidades que são evidentes com base em dados sísmicos; a mais conhecida é a descontinuidade de Mohorivicic entre a crosta e a parte superior do manto. A maioria da massa da Terra está no manto, estando quase o resto no núcleo; a parte que habitamos é apenas uma pequena fracção do todo (valores abaixo dos x1024 quilogramas): atmosfera = 0.0000051 oceanos = 0.0014 crosta = 0.026 manto = 4.043 núcleo exterior = 1.835 núcleo interior = 0.09675
O núcleo é provavelmente composto na sua maioria por ferro (ou níquel/ferro), embora seja possível que existam alguns elementos mais leves. As temperaturas no centro do núcleo podem chegar aos 7500 K, mais quentes que a superfície do Sol. O manto inferior é provavelmente na sua maioria silício, magnésio e oxigénio com algum ferro, cálcio e alumínio. O manto superior é composto por olivina e piroxena (silicatos de ferro/magnésio), cálcio e alumínio. Sabemos isto através de técnicas sísmicas; amostras do manto superior chegam à superfície na forma de lava dos vulcões mas a maioria da Terra está inacessível. A crosta é na sua maioria quartzo (dióxido de silício) e outros silicatos como feldspato. Tido como um todo, a composição química do planeta Terra (em massa) é: 32.1% Ferro 30.1% Oxigénio 15.1% Silício 12.9% Magnésio 2.9% Enxofre 1.8% Níquel 1.5% Cálcio 1.4% Alumínio Restantes 1,2% traços de outros elementos
A Terra é o corpo mais denso do sistema solar. Os outros planetas terrestres provavelmente têm estruturas semelhantes e composição com apenas algumas diferenças: a Lua tem no máximo um pequeno núcleo; Mercúrio tem um núcleo extra-largo (relativamente ao seu diâmetro); os mantos de Marte e da Lua são muito espessos; a Lua e Mercúrio poderão não ter crostas quimicamente distintas; a Terra poderá ser o único planeta com um núcleo interior e exterior. No entanto é de notar que o nosso conhecimento dos planetas interiores é na sua maioria teórico, até para a Terra. Ao contrário dos outros planetas terrestres, a crosta da Terra está dividida em várias sólidas placas separadas que flutuam independentemente por cima do manto quente. A teoria que descreve este fenómeno é conhecida como placas tectónicas. É caracterizada por dois grandes processos: extensão e subducção. A extensão ocorre quando duas placas afastam-se uma da outra e nova crosta é criada pelo magma que sobe. A subducção ocorre quando duas placas colidem e a borda de uma mergulha para baixo da outra, acabando por ser destruída pelo manto. Existe também um movimento transversal nas fronteiras de algumas placas (por exemplo a falha de S. André na Califórnia, EUA) e colisões entre placas continentais (Índia/Eurásia). Existem (na actualidade) oito grandes placas Placa Norte Americana - América do Norte, Norte Atlântico Oeste e a Gronelândia Placa Sul Americana - América do Sul e Atlântico Sul Oeste Placa Antárctica - Antárctica e o "Oceano do Sul" Placa Eurásia - Atlântico Norte Este, Europa e Ásia com a excepção da Índia Placa Africana - África, Atlântico Sul Este e o Oceano Índico Oeste Placa Índio-Australiana - Índia, Austrália, Nova Zelândia e a maioria do Oceano Índico Placa Nazca - Oceano Pacífico Este adjacente à América do Sul Placa do Pacífico - a maioria do Oceano Pacífico (e costa Sul da Califórnia) Existem também umas outras vinte placas mais pequenas, tais como a Árabe, Cocos e as Placas Filipinas. Os terramotos são muito mais comuns nas fronteiras das placas. A superfície da Terra é muito jovem. No relativamente pequeno (por padrões astronómicos) período de mais ou menos 500,000,000 anos a erosão ou os processos tectónicos destroem e recriam a maioria da superfície da Terra, eliminando assim quase todos os traços de actividade geológica anterior (tal como crateras de impacto). Sendo assim, o princípio da história da Terra foi praticamente apagado. A Terra tem entre 4.5 e 4.6 mil milhões de anos, mas as rochas mais antigas conhecidas têm cerca de 4 mil milhões (e as rochas com mais de 3 mil milhões de anos são raras). Não existem vestígios do período crítico em que a vida começou a florescer. 71% da superfície da Terra está coberta de água. É o único planeta que conhecemos onde a água existe no seu estado líquido à superfície (embora haja metano líquido na superfície de Titã e possa haver água líquida por baixo da superfície de Europa). A água líquida é, claro, essencial à vida tal como a conhecemos. A capacidade calorífica dos oceanos é também muito importante ao manter a temperatura da Terra relativamente estável. A água líquida é também responsável pela maioria da erosão e pelo desgaste dos continentes da Terra, um processo hoje único no Sistema Solar (embora possa ter ocorrido em Marte no passado).

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

DST'S( Doenças sexualmente transmissiveis)

Doenças sexualmente transmissíveis ou Infecção sexualmente transmissível, conhecida popularmente por DST são patologias antigamente conhecidas como doenças venéreas. São doenças infecciosas que se transmitem essencialmente (porém não de forma exclusiva) pelo contato sexual. O uso de preservativo (camisinha) tem sido considerado como a medida mais eficiente para prevenir a contaminação e impedir sua disseminação. [1] Alguns grupos, principalmente os religiosos, afirmam que a castidade, a abstinência sexual e a fidelidade conjugal poderiam bastar para evitar a disseminação de tais doenças. [2] [3] Pesquisas afirmam que a contaminação de pessoas monogâmicas e não-fiéis portadoras de DST tem aumentado, em resultado da contaminação ocasional do companheiro(a), que pode contrair a doença em relações extra-conjugais. Todavia, as campanhas pelo uso do preservativo nem sempre conseguem reduzir a incidência de doenças sexualmente transmissíveis. [4] Ver também: História da Sexualidade e Históriado estudo da sexualidade Nas primeiras civilizações havia o culto aos deuses e deusas da fertilidade, que eram consideradas como uma dádiva. O culto para essas deusas era feito principalmente a partir da prostituição. Uma das características presentes nessas sociedades era a promiscuidade, um dos motivos para o surgimentos dessas doenças, que mais tarde seriam conhecidas como doenças venéreas, em referência à Vênus, considerada a deusa do amor. [5] A Gonorreia foi citada na Bíblia, [necessário esclarecer] mas a causa da doença só foi conhecida no século XIX. Além disso, no Egito antigo tumbas apresentaram alguns registros sobre a Sífilis. [6] Em 1494 houve um surto de sífilis na Europa. A doença se espalhou rapidamente pelo continente, matando mais de cinco milhões de pessoas. [7] Cada localidade por onde passava recebia um nome diferente. Contudo, em 1536 foi publicado um poema médico, em que um dos personagens da história havia contraído a doença. O nome do personagem era Sifilo. [8] Antes de serem inventados os medicamentos, as doenças eram consideradas incuráveis, e o tratamento se limitava a diminuir os sintomas. [9] Todavia, no século XX surgiu os antibióticos, que se mostraram bastante eficientes. [6] Em 1980 a herpes genital e a AIDS surgiram na sociedade como doenças incuráveis. Essa, por sua vez se tornou uma pandemia. [9] Vários tipos de agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias e parasitas) estão envolvidos na contaminação por DST, gerando diferentes manifestações, como feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. [10] Bactérias Cancro mole (Haemophilus ducreyi) [11] Clamídia (Chlamydia trachomatis') [12] Granuloma inguinale (Dovania granulamatis) [13] Gonorreia (Neisseria gonorrhoeae) [14] Sífilis (Treponema pallidum) [15] Vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis) [16] Fungos Candidíase (Candida albicans) [17] Vírus Hepatite [18] Herpes simples [19] (ver: Herpesviridae) HIV ou Aids [20] HPV [21] Molusco contagioso [22] Parasitas Piolho-da-púbis [23] Protozoários Tricomoníase (Trichomonas vaginalis) [24] As taxas de incidência de doenças sexualmente transmissíveis continuam em altos níveis em todo o mundo, apesar dos avanços de diagnosticação e tratamento. Em muitas culturas, especialmente para as mulheres houve a eliminação de restrições sexuais através da mudança na moral e o uso de contraceptivos, e tanto médicos e pacientes acabam tendo dificuldade em lidar de forma aberta e francamente com essas questões. Além disso, o desenvolvimento e a disseminação de bactérias resistentes aos antibióticos fazem que certas doenças sejam cada vez mais difíceis de serem curadas. [36] Em 1996, a OMS estimou que mais de um milhão de pessoas estavam sendo infectadas diariamente, e cerca de 60% dessas infecções em jovens menores de 25 anos de idade, e cerca desses jovens 30% são menores de 20 anos. Entre as idades de 14 a 19 anos, as doenças ocorrem mais em mulheres em uma proporção quase dobrada. Estima-se que cerca de 340 milhões de novos casos de sífilis, gonorreia, clamídia, tricomoníase ocorreram em todo o planeta em 1999. [37] A Aids é a maior causa da mortalidade na África Subsaariana, sendo que em cinco mortes uma é por causa da doença. Por causa da situação, o governo do Quênia pediu que a população deixasse de fazer sexo por dois anos. [38] No Brasil, desde o primeiro caso até junho de 2011 foram registrados mais de seiscentos mil casos da doença. Entre 2000 e 2010, a incidência caiu na Região Sudeste, enquanto nas outras regiões aumentou. A mortalidade também diminuiu. [20] As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre são as que possuem o maior número dos portadores da doença. Em contrapartida, o país é um dos que mais se destacam no combate, além de ser o líder em distribuição gratuita do Coquetel anti-HIV.



Prevênção/Grávidez

Métodos anticoncepcionais ou contraceptivos método pílula anticoncepcional, preservativo masculino e feminino, DIU, diafragma Qual é o melhor método anticoncepcional ou de contracepção? Todas as mulheres e homens devem ter controle sobre quando desejam ter os métodos contraceptivos, já que há muitas coisas a considerar. Aprender sobre os métodos anticoncepcionais que você ou seu parceiro podem usar, e conversar com um profissional da saúde, são duas boas formas de começar. Não há "o melhor" método anticoncepcional. Cada contraceptivo tem suas vantagens e desvantagens. Alguns métodos funcionam melhor do que outros trabalhando aprimoramento dos métodos anticoncepcionais. Na anticoncepcional você deve levar em conta: Sua saúde geral. Com que freqüência tem relações sexuais. A quantidade de parceiros sexuais que tem. Se deseja de ter filhos no futuro. A eficiência de cada método em prevenir a gravidez. Qualquer efeito colateral potencial. O seu nível de conforto usando o método. engravidará é não ter relação sexual (abstinência). Quais são os diferentes métodos anticoncepcionais que posso usar? Há vários métodos anticoncepcionais que a mulher pode usar. Converse com seu médico para ajudá-la a escolher qual é o melhor para você. Pode-se sempre tentar um método, e se não gostar trocá-lo por outro. Tenha em mente que a maioria dos métodos anticoncepcionais não a protegem do vírus HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis como gonorréia, clamídia e herpes. Tirando a abstinência sexual, a melhor proteção para HIV e doenças sexualmente transmissíveis é o preservativo masculino. O preservativo feminino pode oferecer alguma proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. Outros métodos anticoncepcionais que envolvem usar espermicida também podem dar alguma proteção contra gonorréia e clamídia. Tenha sempre em mente que todos os métodos anticoncepcionais que falaremos a respeito a seguir funcionam melhor se usados corretamente. Certifique-se que sabe a forma correta de usá-los. Converse com seu médico e não fique envergonhada de perguntar se tiver dúvidas. Abaixo está uma relação de métodos anticoncepcionais com estimativa de eficiência: Abstinência contínua - Significa nunca ter intercurso sexual. É o único método com 100% de eficiência para evitar a Abstinência periódica e métodos de consciência dos dias férteis - A mulher com um ciclo menstrual regular tem por mês em torno de 9 ou mais dias férteis, ou dias nos quais ela pode ficar grávida. Abstinência periódica, popularmente conhecia como método da tabelinha, significa não ter relação sexual nos dias que pode estar fértil. Em métodos de consciência dos dias férteis pode-se ter relação sexual no período fértil, porém usando métodos anticoncepcionais de "barreira", os quais impedem o esperma de alcançar o ovo. Esses métodos incluem preservativos, diafragmas ou capuz cervical; usados juntamente com espermicidas. Esses métodos têm eficiência entre 75-99% na prevenção da Preservativo masculino - Esse método é classificado como de barreira, porque coloca um bloqueio, ou barreira, que impede o esperma alcançar o ovo. Preservativo masculino, popularmente conhecido como camisinha, tem entre 86-98% de eficiência na prevenção da gravidez. Lubrificantes à base de óleo, como óleos de massagem, óleos para bebês e loções enfraquecem o preservativo que pode romper. Sempre mantenha os preservativos fora do calor e umidade. Pesquise preços de preservativos masculinos anticoncepcional anticoncepcional, contêm hormônios estrogênio e progestina. A pílula é tomada diariamente para impedir a liberação dos ovos do ovário. Isso também ameniza o fluxo durante a menstruação e protege contra doença inflamatória pélvica, câncer de ovário e câncer endometrial. Por outro lado, a pílula aumenta o risco de doença cardíaca, incluindo pressão alta, coágulos sanguíneos e obstrução de artérias. Se você tem mais de 35 anos e fuma, ou tem histórico de coágulos sanguíneos ou câncer de mama ou endometrial, seu médico a pode aconselhar a não usar pílula anticoncepcional. Se usada corretamente, a pílula tem entre 95-99,9% de eficiência na prevenção da gravidez. Você precisa de orientação médica para certificar-se que não terá problemas. Mini-pílula - Diferente da pílula combinada, a mini-pílula tem somente o hormônio progestina, e não estrogênio mais progestina. Tomada diariamente, a mini-pílula reduz e engrossa o muco cervical para prevenir que o esperma alcance o ovo. Ela também impede o ovo fertilizado de implantar-se no útero. A mini-pílula ainda diminui o fluxo da menstruação e protege contra câncer endometrial e de ovário. Mulheres amamentando podem usar a mini-pílula porque ela não afeta o suprimento de leite. A mini-pílula é uma boa opção para mulheres que não podem tomar estrogênio ou que têm risco de coágulos sanguíneos. Se usada corretamente, a eficiência da mini-pílula é de 95-99,9% na prevenção da gravidez. Você precisa de orientação médica para certificar-se que não terá problemas. DIU T de cobre - DIU é um pequeno dispositivo em forma de T. Seu médico o coloca dentro do útero. Os braços do DIU de cobre em forma de T contêm algum cobre, o que interrompe a fertilização ao prevenir que o esperma passe pelo útero em direção ao tubos de falópio. Se a fertilização ocorrer, o DIU pode prevenir o ovo fertilizado implantar-se no revestimento do útero. O DIU T de cobre pode ficar no seu útero por até 10 anos. Ele não a protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Esse DIU é 99% eficiente na prevenção da gravidez. Esse método anticoncepcional requer visita ao médico para a implantação do DIU e verificar se não está havendo nenhum problema. DIU Progestasert (dispositivo intra-uterino) - Esse DIU é um pequeno plástico em forma de T que é colocado dentro do útero por um médico. Ele contém o hormônio progesterona, o mesmo produzido pelo ovário durante o ciclo menstrual. A progesterona faz com que o muco cervical fique espesso, de modo que o esperma não consegue alcançar o ovo, e o ovo fertilizado fica impedido de implantar-se dentro do revestimento do útero. O DIU Progestasert pode ficar no útero por um ano. Esse DIU é 98% eficiente na prevenção da gravidez. Esse método anticoncepcional requer visita ao médico para a implantação do DIU e verificar se não está havendo nenhum problema. Preservativo feminino - Usado pela mulher, esse método de "barreira" impede o esperma de entrar no seu corpo. Ele é feito de poliuretano, tem lubrificante e pode oferecer proteção contra doenças sexualmente transmissíveis. O preservativo feminino pode ser colocado até 8 horas antes do intercurso sexual. Esse método anticoncepcional tem entre 75-95% de eficiência na prevenção da gravidez. Implante (Norplant and Norplant 2) - Esse produto consiste de cápsulas pequenas e finas que são colocadas abaixo da pele. Essas cápsulas liberam uma quantidade constante e bem pequena de um esteróide que previne a gravidez por até 5 anos. As cápsulas podem ser removidas a qualquer momento, e então você poderá ficar grávida. Esse método anticoncepcional tem 99,8% de eficiência na prevenção da gravidez. Requer visitas ao médico para verificar Depo-Provera - Nesse método anticoncepcional a mulher toma injeções do hormônio progetina nas nádegas ou braço a cada 3 meses. Esse método anticoncepcional tem 99,7% de eficiência na prevenção da gravidez. Requer visitas ao médico para verificar se não está havendo nenhum problema. O uso prolongado pode ocasionar perda significativa na densidade óssea. Mulheres só devem usar esse método por longos períodos se todas as outras Diafragma e capuz cervical - Esses são métodos anticoncepcionais de "barreira", onde o esperma é impedido de alcançar o ovo. O diafragma é moldado como uma taça rasa de latex. O capuz cervical é um dispositivo de latex em forma de dedal. Ambos têm tamanhos variados e você precisa de assistência profissional para escolher o que melhor se encaixa. Antes da relação sexual você os usa com espermicida colocando-os dentro da vagina para tampar seu cervix (colo do útero). Você pode comprar espermicidas em farmácias. Os espermicidas também ajudarão a protege-la contra gonorréia e clamídia se tiverem nonoxynol-9. Algumas mulheres podem ser sensíveis ao nonoxynol-9 e precisam usar espermicidas que não o contém. O diafragma tem eficiência entre 80-94% na prevenção da gravidez. Já o capuz cervical tem eficiência entre 80-90% para mulheres que ainda não tiveram filhos, e entre 60-80% para as que já foram mães. Esses métodos requerem visita ao médico para verificar qual produto tem o melhor encaixe. Adesivo Ortho Evra - Esse é um adesivo de pele que libera hormônios progestina e estrogênio na circulação sanguínea. Coloca-se um novo adesivo a cada semana por três semanas e então não o usa durante a quarta semana para ter a menstruação. O adesivo é 99% eficiente na prevenção da gravidez, porém parece ter a eficácia reduzida em mulheres que pesam mais de 90kg. Você precisa consultar seu médico para ele prescrever esse produto e verificar se Anel vaginal contraceptivo hormonal (NuvaRing) - NuvaRing é um anel que libera os hormônios progestina e estrogênio. Você aperta o anel entre o polegar e o dedo indicador e o insere na vagina. Usa-se o anel por três semanas, remove-se na quarta semana para a menstruação e então cola-se novamente. O anel tem eficiência entre 98-99% na prevenção da gravidez. Você precisa consultar seu médico para ele prescrever esse produto e verificar se Esterilização cirúrgica (ligação de trompas ou vasectomia) - Esses métodos cirúrgicos são para pessoas que querem um método anticoncepcional definitivo. Em outras palavras, nunca quiseram ser pais ou não desejam ter mais filhos. A ligadura das trompas é feita na mulher para impedir que os ovos desçam ao útero onde são fertilizados. No homem a vasectomia impede que o esperma vá até o pênis, de modo que a ejaculação não tenha espermatozóides. Esses métodos tem eficiência ente 99-99,5% na prevenção da gravidez. Contracepção de emergência - Esse não é e nunca deve ser usado como um método contraceptivo regular. Contracepção de emergência é usada para impedir que a mulher fique grávida quando teve intercurso vaginal sem usar nenhum método anticoncepcional ou quando o anticoncepcional tenha falhado (como o preservativo rompido). A contracepção de emergência consiste em tomar, até 3 dias depois da relação sexual, duas doses de pílulas hormonais com intervalo de 12 horas entre elas. Esse método as vezes é chamado de "pílula do dia seguinte". As pílulas têm eficiência de 75-89% na prevenção da gravidez. Outro tipo de contracepção de emergência é a colocação de DIU T de cobre no útero até sete dias depois da relação sexual. Esse método tem eficiência de 99% na prevenção da gravidez. Você precisa visitar seu médico para prescrição desses métodos e verificar se você não está tendo Há alguma forma de gel que posso usar para evitar a gravidez? Você pode comprar espermicidas em farmácias e drogarias. Os espermicidas agem matando os espermatozóides e pode ter diversas formas: gel, creme, tablete, etc. Eles são colocados na vagina não mais que 1 hora antes do intercurso sexual e deixados lá por pelo menos 6 a 8 horas depois. Você terá maior proteção contra a gravidez se com preservativo, especificamente para serem usados com o diafragma e capuz cervical. Cheque a embalagem para verificar se está Todos os espermicidas têm químicos que matam os espermatozóides. Alguns espermicidas também têm nonoxynol-9, o qual a pode proteger de gonorréia e clamídia, mas não do vírus HIV. Algumas mulheres são sensíveis ao nonoxynol-9 e devem usar espermicidas que não contêm essa substância. Espermicidas usados sozinhos tem 74% Qual é a eficiência do coito interrompido? O coito interrompido não é um método anticoncepcional eficiente. Ele consiste em remover o pênis da vagina antes da ejaculação. Isso impediria o esperma de alcançar o ovo. Entretanto, pode ser difícil para o homem remover o pênis da vagina antes da ejaculação e isso requer muito auto-controle. Mesmo que o homem não ejacule na vagina, ainda assim há o risco de ocorrer a gravidez. Quando o pênis fica ereto pode haver fluido no topo do pênis que contém esperma. Esse esperma pode engravidar a mulher.









quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Especial: Aborto

Um aborto, abortamento [1] ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada. [2] Isto pode ocorrer de forma espontânea ou induzida, provocando-se o fim da gestação, e consequente fim da atividade biológica do embrião ou feto, mediante uso de medicamentos ou realização de cirurgias. O aborto induzido, quando realizado por profissionais capacitados e em boas condições de higiene é um dos procedimentos mais seguros da medicina atual. [3] Entretanto, o aborto inseguro, feito por pessoas não-qualificadas ou fora de um ambiente hospitalar, resulta em aproximadamente 70 mil mortes maternas e cinco milhões de lesões maternas por ano no mundo. [4] Estima-se que sejam realizados no mundo 44 milhões de abortos anualmente, sendo pouco menos da metade destes procedimentos realizados de forma insegura. [5] A incidência do aborto se estabilizou nos últimos anos, [5] após ter tido uma queda nas últimas décadas devido ao maior acesso a planejamento familiar e a métodos contraceptivos. [6] Quarenta por cento das mulheres do mundo têm acesso a aborto induzido em seus países (dentro dos limites gestacionais). [7] Historicamente, o aborto induzido vem sendo realizado através de diferentes métodos e seus aspectos morais, éticos, legais e religiosos ainda são objeto de intenso debate em diversas partes do mundo. O aborto geralmente é dividido em dois tipos, aborto espontâneo e aborto induzido. Outras classificações também são usadas, de acordo com o tempo de gestação, por exemplo. Aborto espontâneo Aborto espontâneo, involuntário ou casual, é a expulsão não intencional de um embrião ou feto antes de 20-22 semanas de idade gestacional. Uma gravidez que termina antes de 37 semanas de idade gestacional que resulta em um recém-nascido vivo é conhecida como parto prematuro ou pré-termo. Quando um feto morre no interior do útero após a viabilidade, ou durante o parto, geralmente é chamado de natimorto. A causa mais comum de aborto espontâneo durante o primeiro trimestre são as anomalias cromossômicas do feto/embrião, que contabilizam pelo menos 50% das perdas gestacionais precoces. Outras causas incluem doenças vasculares (como o lúpus eritematoso sistêmico), diabetes, problemas hormonais, infecções, anomalias uterinas e trauma acidental ou intencional. A idade materna avançada e a história prévia de abortos espontâneos são os dois fatores mais associados com um risco maior de aborto espontâneo. Aborto induzido O aborto induzido, também denominado aborto provocado ou interrupção voluntária da gravidez, é o aborto causado por uma ação humana deliberada. Ocorre pela ingestão de medicamentos ou por métodos mecânicos. A ética deste tipo de abortamento é fortemente contestada em muitos países do mundo mas é reconhecida como uma prática legal em outros locais do mundo, sendo inclusive em alguns totalmente coberta pelo sistema público de saúde. Os dois polos desta discussão passam por definir quando o feto ou embrião se torna humano ou vivo (se na concepção, no nascimento ou em um ponto intermediário) e na primazia do direito da mulher grávida sobre o direito do feto ou embrião. O aborto induzido possui as seguintes subcategorias: Aborto terapêutico aborto provocado para salvar a vida da gestante [8] para preservar a saúde física ou mental da mulher [8] para dar fim à gestação que resultaria numa criança com problemas congênitos que seriam fatais ou associados com enfermidades graves [8] para reduzir seletivamente o número de fetos para diminuir a possibilidade de riscos associados a gravidezes múltiplas. [8] Aborto eletivo: aborto provocado por qualquer outra motivação. [8] Outras classificações Quanto ao tempo de duração da gestação: Aborto subclínico: abortamento que acontece antes de quatro semanas de gestação Aborto precoce: entre quatro e doze semanas Aborto tardio: após doze semanas Os riscos para a saúde envolvidos no aborto induzido dependem de o ser realizado com ou sem segurança. A Organização Mundial de Saúde define como abortos não-seguros aqueles realizados por indivíduos sem formação, equipamentos perigosos ou em instituições sem higiene. [9] Os abortos legais realizados nos países desenvolvidos estão entre os procedimentos mais seguros na medicina. [3] [10] Nos Estados Unidos, a taxa de mortalidade materna em abortos entre 1998 e 2005 foi de 0,6 morte por 100.000 procedimentos abortivos, tornando o aborto cerca de 14 vezes mais seguro do que o parto, cuja taxa de mortalidade é de 8,8 mortes por 100.000 nascidos vivos. [11] [12] O risco de mortalidade relacionada com o aborto aumenta com a idade gestacional, mas permanece menor do que o do parto até pelo menos 21 semanas de gestação. [13] [14] Isso contrasta com algumas leis presentes em alguns países que exigem que os médicos informem os pacientes que o aborto é um procedimento de alto risco. [15] A aspiração uterina a vácuo no primeiro trimestre é o método de aborto não-farmacológico mais seguro, e pode ser realizado em uma clínica de atenção primária em saúde, clínica de aborto ou hospital. As complicações são raras e podem incluir perfuração uterina, infecção pélvica e retenção dos produtos da concepção necessitando de um segundo procedimento para evacuá-los. [16] Geralmente são administrados antibióticos profiláticos (preventivos) (como a doxiciclina ou metronidazol) antes do aborto eletivo, [17] pois acredita-se que eles diminuem substancialmente o risco de infecção uterina pós-operatória. [18] [19] As complicações após abortos no segundo-trimestre são similares às que ocorrem após o aborto no primeiro trimestre, e dependem do método escolhido. Existe pouca diferença em termos de segurança e eficácia entre o aborto farmacológicos usando regime combinado de mifepristona e misoprostol e o aborto não-farmacológico (aspiração a vácuo) quando são realizados no início do primeiro trimestre (até 9 semanas de idade gestacional). [20] O aborto farmacológico com o uso do análogo de prostaglandina misoprostol isolado é menos efetivo e mais doloroso do que o aborto usando o regime combinado de mifepristona e misoprostol ou do que o aborto cirúrgico. [21] [22] Existe controvérsia na comunidade médica e científica sobre os efeitos do aborto. As interrupções de gravidez feitas por médicos competentes são normalmente consideradas seguras para as mulheres, dependendo do tipo de cirurgia realizado. [23] [24] Entretanto, um argumento contrário ao aborto seria de que, para o feto, o aborto obviamente nunca seria "seguro", uma vez que provoca sua morte sem direito de defesa. [25] [26] Os métodos que não são realizados com acompanhamento médico (uso de certas drogas, ervas, ou a inserção de objectos não cirúrgicos no útero) são potencialmente perigosos para a mulher, conduzindo-a a um elevado risco de infecção permanente ou mesmo à morte, quando comparado com os abortos feitos por pessoal médico qualificado. Segundo a ONU, pelo menos 70 mil mulheres perdem a vida anualmente em consequência de abortos realizados em condições precárias, [27] não há, no entanto, estatísticas confiáveis sobre o número total de abortos induzidos realizados no mundo nos países e/ou situações em que o aborto é criminalizado. Existem, com variado grau de probabilidade, possíveis efeitos negativos associados à prática abortiva, nomeadamente a hipótese de ligação ao câncer de mama, a dor fetal, o síndrome pós-abortivo. Possíveis efeitos positivos incluem redução de riscos para a mãe e para o desenvolvimento da criança não desejada. Em janeiro de 2012 uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde revelou que a prática do aborto é maior nos países em que ele é proibido e quase metade de todos os abortos feitos no mundo é realizada com altos riscos para a mulher. Entre 2003 e 2008, cerca de 47 mil mulheres morreram e outros 8,5 milhões tiveram consequências graves na sua saúde, decorrentes da prática do aborto. Quase todas as interrupções de gravidez intencionais realizadas de maneira insegura, aconteceram em nações em desenvolvimento, na América Latina e África. "O aborto é um procedimento muito simples. Todas essas mortes e complicações poderiam ter sido facilmente evitadas", disse Gilda Sedgh, pesquisadora-sênior do Instituto norte-americano Guttmacher, autora do estudo. [28] Câncer da mama Ver artigo principal: Hipótese de câncer causado pelo aborto Há uma hipótese de relação causal entre o aborto induzido e o risco de desenvolvimento de câncer de mama. A teoria é que no início da gravidez, o nível de estrogénio aumenta, levando ao crescimento das células mamárias necessário à futura fase de lactação. A hipótese de relação positiva entre câncer de mama e aborto sustenta que se a gravidez é interrompida antes da completa diferenciação celular, então existirão relativamente mais células indiferenciadas vulneráveis à contracção da doença. Esta hipótese, não é bem aceita pelo consenso científico de estudos de associações e entidades ligadas ao câncer, [29] [30] [31] mas tem alguns defensores como o dr. Joel Brind. [32] Dor do feto Ver artigo principal: Dor fetal A existência ou ausência de sensações fetais durante o processo de abortamento é hoje matéria de interesse médico, ético e político. Diversas provas entram em conflito, existindo algumas opiniões defendendo que o feto é capaz de sentir dor a partir da sétima semana [33] enquanto outros sustentam que os requisitos neuro-anatómicos para tal só existirão a partir do segundo ou mesmo do terceiro trimestre da gestação. [34] Os receptores da dor surgem na pele na sétima semana de gestação. O hipotálamo, parte do cérebro receptora dos sinais do sistema nervoso e que liga ao córtex cerebral, forma-se à quinta semana. Todavia, outras estruturas anatómicas envolvidas no processo de sensação da dor ainda não estão presentes nesta fase do desenvolvimento. As ligações entre o tálamo e o córtex cerebral formam-se por volta da 23ª semana. [35] Existe também a possibilidade de que o feto não disponha da capacidade de sentir dor, ligada ao desenvolvimento mental que só ocorre após o nascimento. [36] Novos estudos do Hospital Chelsea, realizados pela Dra. Vivette Glover em Londres sugerem que a dor fetal pode estar presente a partir da décima sétima semana de vida do feto. O que justificaria, segundo os proponentes do aborto, o uso de anestésicos para diminuir o provável sofrimento do feto. Estes estudos contrariam a versão da entidade que reúne obstetras e ginecologistas do Reino Unido, o Royal College of Obstretics and Gynacologists; para esta organização, só há dor depois de 26 semanas. [37] Síndrome pós-abortivo Ver artigo principal: Síndrome pós-aborto A síndrome pós-abortivo seria uma série de reações psicológicas apresentadas ao longo da vida por mulheres após terem cometido um aborto. Há vários relatos de problemas mentais relacionados direta ou indiretamente ao aborto; uma descrição clássica pode ser encontrada na obra "A psicopatologia da vida cotidiana", de Sigmund Freud. [38] No livro "Além do princípio de prazer", Freud salienta: "Fica-se também estupefato com os resultados inesperados que se podem seguir a um aborto artificial, à morte de um filho não nascido, decidido sem remorso e sem hesitação." [39] Há médicos portugueses, porém, que questionam a existência do síndroma; não existe nenhum estudo português publicamente divulgado sobre o assunto. Entretanto nos Estados Unidos, Reino Unido e mesmo no Brasil, essa possibilidade já é bastante discutida, com resultados contrastantes. [40] [41] O síndroma pós-abortivo (PAS), conhecido também como síndroma pós-traumático pós-abortivo ou por síndroma do trauma abortivo, é um termo que designa um conjunto de características psicopatológicas que alguns médicos dizem ocorrer nas mulheres após um aborto provocado. [42] Alguns estudos, no entanto, concluem que alguns destes sintomas são consequência da proibição legal e/ou moral do aborto e não do ato em si. [carece defontes] Entretanto, tal síndrome teria sido catalogada em inúmeras pesquisas, entre elas a do dr. Vincent Rue que no estudo da Desordem Ansiosa Pós-Traumática (DAPT), presente em ex-combatentes do Vietnã, que teria sua correspondente na síndrome pós-aborto (SPA). Algumas estatísticas de organizações pró-vida argumentam que há um aumento de 9% para 59% nos índices de distúrbios psicológicos em mulheres que se submetem ao aborto. [43] Outro estudo, do Royal College of Psychiatrists, a associação dos psiquiatras britânicos e irlandeses, considerou que o aborto induzido pode trazer distúrbios clínicos severos para a mulher, e que essa informação deve ser passada para a mesma, antes da opção pelo aborto. Esse estudo foi repassado à população pelo Jornal Britânico Sunday Times. [44] Mulheres grávidas vítimas de violência Embora existam notícias [45] indicando que muitas mulheres grávidas morrem em consequência de atos violentos, aparentemente [46] não há dados conclusivos que cruzem esta informação com o risco de morte geral das mulheres não-grávidas em situações semelhantes. Consequências a longo prazo para a criança não desejada Muitos membros de grupos pró-escolha [47] consideram haver um risco maior de crianças não desejadas (crianças que nasceram apenas porque a interrupção voluntária da gravidez não era uma opção, quer por questões legais, quer por pressão social) terem um nível de felicidade inferior às outras crianças incluindo problemas que se mantêm mesmo quando adultas, entre estes problemas incluem-se: doença e morte prematura [48] pobreza problemas de desenvolvimento [48] abandono escolar [49] delinquência juvenil [50] abuso de menores instabilidade familiar e divórcio [51] necessidade de apoio psiquiátrico [51] falta de autoestima [52] Uma opinião contrária, entretanto, apresentada por grupos pró-vida, seria que, mesmo que sejam encontradas correlações estatísticas entre gravidez indesejáveis e situações consideradas psicologicamente ruins para as crianças nascidas, esta situação não pode ser comparada com a de crianças abortadas, visto que estas não estão vivas. Uma "situação de vida" não seria passível de comparação com uma "situação de morte", visto a inverificabilidade desta enquanto situação possivelmente existente (a chamada "vida após a morte") pelos métodos científicos disponíveis. Como não se pode estipular se uma situação ruim de vida, por pior que fosse, seria pior que a morte, o aborto, no caso, não poderia ser apresentado como solução, visto que não dá a capacidade de escolha ao envolvido, enquanto ainda é um feto. [53] [54] [55]
       
                                 

Especial: Gravidez na adolescência

A Gravidez na adolescência, como o próprio nome define, consiste na gravidez de uma adolescente. Apesar de a Organização Mundial de Saúde considerar a adolescência como o período de dez (período onde a mulher tem a sua primeira menstruação geralmente) a vinte anos na vida de um indivíduo, cada país especifica a idade em que seus cidadãos passam a ser considerados adultos (a chamada maioridade legal) ainda podendo ser influenciados localmente por fatores culturais. Como fator fundamental para a ocorrencia da gravidez está a ocorrencia da menarca, o primeiro período menstrual, que ocorre próximo aos 12,5 anos, embora este valor varie de acordo com a etnia [1] e peso. A média de idade da ocorrencia da menarca tem e continua diminuido como o passar dos anos. Mesmo a fertilidade levando a gravidez precoce, ainda há uma série de fatores que influenciam, tanto sociais e pessoais. Mundialmente, as taxas de gravidez na adolescência varia entre 143 para 1000 na África sub-saariana, a 2,9 para 1000 na Coréia do Sul. [2] [3] Grávidas na adolescência enfrentam muitas das mesmas questões obstetrícia que as das mulheres entre os 20 e 30 anos. Com isso, abre-se a problemática da maternidade monoparental que apresenta particular incidência na gravidez adolescente. É importante que quando diagnosticada a gravidez a adolescente comece o pré-natal, receba apoio da família e do seu contexto social, tenha auxílio e acompanhamento psicológico e obstetra adequados à situação. A gravidez na adolescência envolve muito mais do que problemas físicos, pois há também problemas emocionais, sociais, entre outros. Uma jovem de 14 anos, por exemplo, não está preparada para cuidar de um bebê, muito menos de uma família. Entretanto, o seu organismo já está preparado para prosseguir com a gestação, já que, a partir do momento da menstruação, a maturidade sexual já está estabelecida. Outra polêmica, é o de mães solteiras, por serem muito jovens os rapazes e as moças não assumem um compromisso sério e na maioria dos casos quando surge a gravidez um dos dois abandona a relação sem se importar com as consequências. Este é apenas um dos motivos que faz crescer consideravelmente a cada ano o número de pais e mães jovens e solteiros. [4] Alguns especialistas afirmam que quando a escola promove explicações e ações de formação sobre educação sexual, há uma baixa probabilidade de gravidez precoce e um pequeno índice de doenças sexualmente transmissíveis.

Adaptação do organismo materno

Gravidez a termo - Entre 37 semanas completas e 42 semanas incompletas. Gravidez pós-termo - 42 semanas completas e mais. Gravidez pré-termo ou prematura - Menos de 37 semanas e mais de 20-21 semanas completas. Período de abortamento - Concepto com menos de 500g (gravidez de menos de 20-22 semanas)._ 42 semanas o bebê pode entrar em sofrimento fetal? 1ºmês 2ºmês 3ºmês 4ºmês 5ºmês 6ºmês 7ºmês 8ºmês 9ºmês A presença e o crescimento do feto e da placenta determinam um conjunto de fenômenos adaptativos físicos, hormonais e bioquímicos do organismo materno. Na gravidez ocorre um aumento de todos os hormônios e ainda surgem outros como a gonadotrofina coriônica humana( hormonio exclusivo da gravidez) e o lactogênio placentário. O volume e a massa uterinos aumentam e assim determinam o aumento abdominal, o aparecimento de estrias e as adaptações posturais maternas. Também o metabolismo energético e de sais minerais se altera com o processo [6] . Modificações locais Estas modificações estão relacionadas aos órgãos genitais, que são afetados tanto pelo crescimento fetal, quanto pelas alterações hormonais vigentes. Útero O útero tem seu volume aumentado em centenas de vezes, sua consistência diminuída e sua massa aumentada de menos de 100g para mais de 1 kg. De piriforme torna-se globoso e, depois da vigésima semana, cilíndrico. Esta última alteração é também chamada de conversão uterina. Seu crescimento na posição inicial de anteversoflexão é acentuado até a décima segunda semana, o que causa compressão da bexiga e, por isso, aumento da frequência urinária. Após esse período, o crescimento torna-se mais longitudinal e a fixação do colo sigmoide no retroperitôneo determina uma dextrorrotação do órgão. A acomodação uterina também envolve a hiperplasia do miométrio, antes da nidação, e, após este fenômeno, sua hipertrofia e seu alongamento, dependente do estiramento das fibras musculares lisas. O espessamento do muco cervical, determinado principalmente pela atuação da progesterona, é responsável pela formação da Rolha de Schröder, que isola o ambiente fetal do ambiente externo, como uma proteção contra infecções. A percepção materna do desprendimento desse muco é um sinal de abertura do colo uterino podendo estar associada à proximidade do parto [7] [8] . Vulva e vagina A vulva e a vagina tornam-se flexíveis e edematosas. A secreção vaginal torna-se espessa e esbranquiçada. A coloração torna-se mais acentuada devido ao aumento da vascularização nessas áreas. A vagina se adapta de acordo com o crescimento do feto, tornando-se flexivel. Modificações gerais Estas modificações estão relacionadas aos diversos órgãos e sistemas do organismo. Seios A região dos seios é uma das que primeiro sofre modificações. Os seios aumentam de volume e vasos sanguíneos podem ficar visíveis, formando a chamada Rede de Haller. A aréola fica com uma coloração mais escurecida e surge a aréola secundária (Sinal de Hunter). Glândulas sebáceas podem se hipertrofiar no mamilo e na aréola (Tubérculos de Montgomery). Ao final da gestação surgem as primeiras secreções de colostro, líquido fino e amarelado fundamental na alimentação do bebê em seus primeiros dias de vida, pois é rico em anticorpos e pró-vitamina A [9] [10] . Pele É comum haver hiperpigmentação da pele com o aparecimento de cloasma e da linha nigrans no abdomen. O incremento da vascularização de folículos pilosos pode promover hipertricose com o surgimento de pêlos finos na face (Sinal de Halban). O acúmulo de tecido adiposo e o crescimento das mamas e do útero distendendo o abdome podem provocar o aparecimento de estrias nessas regiões e nas coxas. Coração e vasos sanguíneos Por meio de diversos mecanismos ocorre aumento da perfusão sistêmica e uteroplacentária. O volume plasmático aumenta progressivamente a partir da sexta semana e o volume de hemácias aumenta depois da oitava semana. Ambos os volumes tornam-se estáveis nas últimas semanas, mas, como o aumento do volume plasmático é mais precoce e tende a ser mais acentuado do que o aumento do volume de hemácias, ocorre um efeito dilucional responsável pela chamada anemia fisiológica da gravidez. Para se adaptar a essas alterações também o coração se hipertrofia, desviando-se para frente e para a esquerda, havendo também o aumento do débito cardíaco. O nível rebaixado da pressão arterial é conseqüência da diminuição da resistência vascular periférica por ação do estrógeno sobre a gênese de vasos, da progesterona sobre o relaxamento e dilatação dos mesmos, mas também pela diminuição da reatividade vascular aos vasoconstritores endógenos. As alterações envolvendo os fatores de coagulação preparam o organismo da mulher para o momento do parto para que haja um rápido controle de hemorragias, mas, em contrapartida, predispõem a um risco aumentado de trombose durante a gestação e, principalmente, durante o puerpério. A compressão da veia cava inferior pelo útero diminui o retorno venoso e predispõe ao surgimento de varizes nos membros inferiores [6] [11] . Digestão A fome, o apetite, a sede e a salivação aumentam durante a gestação. Pode haver perversão do apetite, que é a vontade de comer substâncias não convencionais como terra, giz, argila, carvão, etc. Por outro lado pode ocorrer aversão a certos alimentos. Os episódios de vômitos e os desejos de comer alimentos específicos podem estar relacionados às ações da gonadotrofina coriônica humana, produzida na placenta. Os efeitos relaxantes da progesterona sobre as fibras musculares lisas, presentes em todo o sistema gastrointestinal, determinam a predisposição da gestante a refluxo gastroesofágico e regurgitação, por diminuição da função do cárdia, sensação de plenitude gástrica e saciedade, por aumento do tempo de esvaziamento gástrico e da diminuição da contratilidade da vesícula biliar, e constipação intestinal e aparecimento de hemorróidas por diminuição dos movimentos peristáticos intestinais [6] . Excreção urinária Em decorrência do aumento do fluxo sanguíneo, há uma elevação da taxa de filtração glomerular e o aumento da função renal. O organismo passa a reter mais sódio e água, o que arredonda as formas corporais da gestante. A dilatação do sistema coletor urinário principalmente do lado direito, em decorrência da dextrorrotação uterina, mas também por relaxamento de fibras musculares lisas, induzido pela progesterona, predispõe à formação de cálculos renais e a infecções do trato urinário. Respiração O crescimento do útero em direção ao tórax e o aumento volumétrico do coração diminuem o volume pulmonar. Isto é parcialmente compensado pelo aumento do diâmetro da caixa torácica. Além disso, a progesterona atua nos centros respiratórios do bulbo raquidiano, elevando a freqüência respiratória, o que contribui para o aumento das trocas gasosas na placenta. Nas vias aéreas superiores pode haver rinite vasomotora com conseqüente obstrução nasal, devido à retenção hídrica e aumento do aporte sanguíneo nessa região [6] . Ossos e articulações A mudança do eixo da coluna vertebral na gestação relaciona-se à acentuação da lordose lombar e à mudança do padrão de marcha materna, chamada de anserina por se assemelhar ao andar de um pato. Com a retenção hídrica, os ligamentos e as cartilagens tornam-se mais elásticos, o que prepara a pelve para o momento do parto, mas aumento o risco de luxações, entorses e fraturas em membros e outras regiões [6] . Alterações neuropsíquicas Pode haver aumento da sonolência, dificuldade de concentração, labilidade emocional, ansiedade, insegurança e falta de libido. As alterações hormonais podem estar relacionadas com a origem dessas alterações. Desmaios podem ocorrer em virtude das alterações na distribuição sanguínea. Cordão umbilical Projetado do que será o umbigo do bebê, canal através do qual a criança recebe a alimentação.



terça-feira, 14 de outubro de 2014

Processo

A idade embriológica da gestação é contada a partir da fecundação do óvulo. No entanto, é praticamente impossível a identificação do momento em que ocorreu a fecundação ou a data correta do coito ou da ovulação. Por isso, convencionou-se contar a idade da gravidez a partir de um marco mais fácil de identificar: o primeiro dia do último período menstrual da mulher. Trata-se da idade obstétrica da gravidez. Quando o clínico ou o ultrassonografista se refere a qualquer idade gestacional, está usando como marco esta data. É evidente que no período entre o início do ciclo menstrual e a fecundação (supostamente ocorrida 14 dias depois do início do ciclo menstrual) ou a nidação (considerando-se o início fisiológico da gravidez na mulher) não há ainda a gravidez. Trata-se de marcador impreciso, mas é o único disponível. A idade gestacional (IG) é definida como o tempo transcorrido entre o primeiro dia da última menstruação (DUM) e a data atual, medido em semanas e dias. A duração da gravidez tendo-se como base a DUM é, em média, de 280 dias ou 40 semanas, 10 meses lunares (de 4 semanas). Devemos nos lembrar que a duração da gestação varia segundo as características da mãe e do concepto. Também pode haver imprecisão na caracterização do último período menstrual. Em aproximadamente 20% dos casos, observa-se discordância entre a idade gestacional calculada pela DUM e aquela estimada pela ultrassonografia. O exame ultrassonográfico é mais preciso para a avaliação da idade gestacional quando efetuado precocemente. Quanto mais precoce o exame, mais precisa esta avaliação. Nesses casos, se a idade calculada pela DUM se situar dentro da margem de erro da estimativa ultrassonográfica (aproximadamente ±1 semana no 1° trimestre da gravidez, ±2 semanas no 2° trimestre da gravidez e ±3 semanas no 3° trimestre da gravidez), ela é aceita como correta. Caso contrário, utiliza-se a idade calculada pela ultrassonografia como datação para a gestação. Estágios no desenvolvimento pré-natal com as semanas e os meses numerados por idade gestacional A gravidez pode acontecer de várias formas. A mais comum acontece quando o pênis penetra a vagina. Quando há uma grande expelição de esperma, alguns espermatozoides podem conseguir atingir o óvulo. Uma outra forma é pela fertilização in vitro.




Oque é gravidez?

Gravidez: Corresponde ao período de cerca de noves meses de gestação nos seres humanos, contado a partir da fecundação e implantação do ovo no útero até ao nascimento. Durante este período, o ovo fecundado torna-se um embrião e é alimentado pela mãe através da placenta.
 A partir do terceiro mês, o embrião passa a ser designado feto e apresenta já a forma humana que se desenvolverá até ao nascimento. O parto ocorre geralmente cerca de 38 semanas após a concepção o que, em mulheres com ciclo menstrual de quatro semanas, corresponde a aproximadamente 40 semanas após o início do último período menstrual normal.
 A gravidez múltipla corresponde à gravidez em que existe mais do que um embrião ou feto, como é o caso dos gémeos. A concepção pode dar-se através de relações sexuais ou ser medicamente assistida. Os primeiros sinais que indicam uma possível gravidez são a interrupção da menstruação e a alteração na forma dos seios. Até às oito semanas, o ser humano em desenvolvimento denomina-se embrião. [1]
 O desenvolvimento do embrião tem início com a divisão do ovo em múltiplas células e é nesta fase que aparece a maior parte dos órgãos, muitos deles funcionais. [2] Ao fim da oitava semana, o embrião adquire a forma humana e passa a ser designado feto. [3] É comum a divisão convencional da gravidez humana em três trimestres, de forma a simplificar a referência às diferentes fases do desenvolvimento pré-natal.
 No primeiro trimestre existe risco acrescido de aborto espontâneo (morte natural do embrião ou do feto). Durante o segundo trimestre, o desenvolvimento do feto pode ser mais facilmente monitorizado e diagnosticado. O terceiro trimestre é marcado pelo desenvolvimento completo do feto e de tecido adiposo fetal. [4] O ponto de viabilidade fetal, ou o momento a partir do qual é o feto é capaz de sobreviver fora do útero, geralmente coincide com o fim do segundo trimestre ou início do terceiro, embora os nascimentos nesta fase apresentam maior risco de doenças e de morte.